quarta-feira, 5 de agosto de 2020
O que pode ser?
Olá meus amores, estou um pouco sumida por conta de alguns compromissos e acabei ficando sem tempo de postar novas histórias para vocês. Sem mais delongas vamos a história de hoje.
Era véspera de ano novo, a família se reuniu para passar essa data juntos, eu e meu irmão ficamos de ir depois no meu carro, para vocês que estão sabendo me minha história agora, meu nome é Sabrina e de meu irmão Bryan. Acabei de tirar minha habilitação e de Natal ganhei um carro de presente dos meus pais, pedi permissão para dar uma volta com ele e deixaram, claro sou a favorita deles kkkk, mas mandaram eu trazer meu irmão por mim tudo certo e só ele usar o cinto de segurança e não teremos problemas.
Nesse meio tempo, fomos até a loja de bebidas para abastecermos a casa até que todos chegassem, no meio do caminho tinha um semáforo e encontramos com uns garotos que queriam apostar corrida e meu irmão sempre gostou de adrenalina né, concordei com ele e acelerei mas quando o sinal se abriu eles saíram na frente e colidiram em um caminhão que também estava em alta velocidade só vi sangue voando para todos os lados. Não gosto nem de lembrar, aquela cena me traumatizou foi uma cena bem amedrontadora, mas graças a Deus deu tudo certo e nós ficamos bem.
No fim tinha até achado bom não termos participado da corrida senão nem sei onde poderíamos estar agora, depois disso tudo voltamos para casa e prometemos um para o outro que não contaríamos isso para ninguém nem mesmo para nossos pais e tudo ficaria bem, eu com o carro e ele saindo comigo sempre que quisesse...
Passaram-se dois meses, estávamos na rua quando de repente várias pessoas estavam olhando para nós com cara de assustados como se estivessem vendo um fantasma, mas como ninguém se pronunciava então continuamos nosso percurso. Estava indo levar o Bryan para o campeonato de futebol da escola e não podíamos nos atrasar, mas tarde quando voltávamos para casa após as eliminatórias decidimos passar por um caminho diferente para encontrarmos os amigos dele para uma festa na praia. O que me intrigou foi o fato de enquanto estávamos indo a estrada começou a ficar mais e mais escura como se tivesse algo errado prestes a acontecer, instantes seguintes uma neblina tomou conta da estrada e não conseguia ver mais nada.
Estávamos em alta velocidade e acabamos batendo em uma árvore, o que foi mais inusitado foi que um pouco antes estava vindo um caminhão e outro carro a nossa frente e eles colidiram e nós desviamos e por isso batemos na árvore,nós não nos ferimos e então saímos do carro e depois disso aconteceu algo mais surreal ainda ao olhar para a estrada a onde aconteceu o acidente entre os outros dois veículos, mas não tinha nada.
Ligamos para nossos pais para nos buscarem e chamar um reboque, pois por incrível que possa parecer o carro estava acabado, ao chegarmos em casa explicamos toda a história para eles e entenderam com isso pediram para que fossemos até a delegacia no dia seguinte, depois de toda essa conversa cansativa fomos para nossos quartos. No dia seguinte, ao acordar tinham marcas de pneus em nosso quintal, chamamos nossos pais para ver e eles não entenderam o escândalo até porque não estavam vendo nada. Era bem estranho só nós estávamos vendo, com isso fomos até a delegacia relatar o que havia ocorrido no dia anterior, eles anotaram tudo e perguntaram se vimos os rostos dos motoristas e respondemos que não, pois o acidente ocorreu muito rápido e eles entenderam e viram que estávamos bem assustados.
Pediram para que nós fossemos para casa , também achamos melhor e fomos, em casa sentamos em minha cama e Bryan me perguntou:
-Maninha, o que é aquilo?
- Aquilo o que Bryan?
-Aquilo na janela...
- Não estou vendo nada Bryan, me conte o que está vendo?
E ele ficou quieto por uns cinco minutos como se estivesse muito assustado, e então se virou e foi para o quarto como se nada tivesse acontecido. Depois daquele incidente decidi que nada atrapalharia meus planos, pois eu deveria estar alucinando. Até que...
- Meu Deus onde estou?
- Que lugar é esse?
- Bryan, Bryan se for você eu vou te bater não gosto dessas brincadeiras e você sabe disso...
E no fundo um silêncio como se não quisessem falar comigo. Não poderia ser o Bryan, ele já teria desistido e falado comigo até porque sabemos que ele não consegue ficar muito tempo sem falar. Mas se não é ele quem poderia ser?
Horas se passaram e nada mudou, ninguém se pronunciava todo aquele silêncio me agoniava e eu perguntava por alguém e pedia ajuda e nada acontecia, parece que estão me evitando, mas porque?
Fiquei duas semanas desaparecida, depois de todo esse tempo a polícia conseguiu me achar, mas no local não havia ninguém só marcas de sangue e várias coisas de tortura, eu tinha vários ferimentos pelo corpo, mas quando a polícia me perguntava sobre eles não sabia o que responder, pois não sabia de onde elas haviam saído.
Anos depois...
Ainda me sinto mal com aquilo primeiro um acidente de carro, depois outro em uma estrada totalmente diferente, e por último marcas de pneus em meu quintal e o Bryan estranho comigo, ainda gostaria de saber o que aconteceu. Acho que devo esquecer as coisas não vão aparecer do nada e eu vou me lembrar de tudo, acho tão estranho não me lembrar de nada, o que será que aconteceu? Quem eram aqueles meninos? E o caminhoneiro? São tantas perguntas, espero ter respostas um dia...
Depois de todo esse pensamento confuso Sabrina teve um leve cochilo...
Uma voz fala bem baixinho.
-Sabrina? Sabrina?
-Oi, quem é?
-Sabrina porque demorou tanto?
-Como assim demorei, não sei do que está falando?
-Você demorou para se juntar a nós, ainda não entende o que aconteceu?
-Não, por favor me explique...
- Bom no dia que tudo começou, na verdade foi apenas o fim de tudo e de todos.
-O que não entendi!
-Aí Sabrina, quero dizer que estamos mortos...
FIM!
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